Desde crianças, aprendemos na escola que o que diferencia o homem dos outros animais é a sua racionalidade. Logo, a pressuposição que fi ca em nossa mentalidade é: o que faz o ser humano é a sua capacidade de exercer a razão, de raciocinar. Essa é nossa identidade como raça ou espécie.
Mas será que isso resolve tudo? Será que responde ao nosso anseio de saber quem somos? Será que satisfaz nossa necessidade de ser? Claro que não! Nascemos, crescemos, exercemos nosso papel na sociedade – ou o papel que nos é dado a exercer – e, em fim, nos vamos. Tudo isso sem ter nossa pergunta mais básica respondida. Quem sou eu?
Todos perguntamos isso. Há os que perguntam às grandes griffes, outros às suas carreiras profissionais – aos seus chefes –, outros a seus amantes. Há quem passe a vida perguntando para os seus pais, outros para qualquer um com quem tenham contato e outros ainda insistem em perguntar para pessoas do mesmo sexo. QUEM SOU EU?
Mas por que é tão importante saber quem somos? O dicionário defi ne o verbo ser da seguinte maneira: “em sentido relativo, usado em orações que dizem como ou com que aspecto ou em que circunstâncias o sujeito gramatical existe ou se apresenta”*. Ou seja, a resposta que damos para nós mesmos a essa pergunta vai defi nir a forma como existimos, nos apresentamos, em fi m, a forma como vivemos**. Todos damos alguma resposta a ela, sejam respostas adequadas ou não, sejam verdades ou mentiras.
Na Bíblia, no capítulo 3 do livro de Êxodo, temos o encontro entre Deus e Moisés. Lá pelo meio da conversa, o Deus infi nito e relacional se defi ne simplesmente como o Eu Sou. Deus é desde antes do princípio, sem nunca ter sido criado. Ele é o grande Eu Sou e fora dele nada é.
Enquanto procurarmos nos lugares errados, nunca vamos encontrar resposta para a nossa fatídica” pergunta. Se não encontramos nosso sentido de ser no Eu Sou, seremos sempre sombras do que deveríamos, arremedos de seres humanos.
O Eu Sou, que deu origem a tudo, nos criou com a capacidade de raciocínio para perguntarmos quem somos, e para, através dessa necessidade, encontrarmos um caminho de relacionamento que leva a ele, a fonte de todo o sentido de ser. Somente nele existimos de maneira satisfatória.
É um mecanismo que lembra a relação entre a sede e a água. Nele, nossa necessidade de saber quem somos é a sede e o relacionamento com Deus, a água. Em relacionamento com o Eu Sou temos nossas necessidades mais profundas supridas, e assim experimentamos o prazer da plena realização.
*Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
**Em Provérbios 23:7, a Bíblia diz: [...] como imaginou [o homem] na sua alma, assim é; [...]."
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3 comentários:
Opa. Vi seu perfil na comunidade Pensamentos Cativos no Orkut. Passo por aqui e me inteiro do seu blog.
Abraços.
Ixi, agora fiquei com vergonha, menos mau que tinha um post recente. Mas como pudeste ver, sou um arremedo de bloggeiro bem relapso!!!
Valeu a visita.
Poxa.. ao ler esse texto me fez refletir na Simplicidade de Deus.. pois, a aguá um liquido inodoro, incolor, sem gosto.. é a unica coisa que relamente mata a nossa sede...
e quantas vezes, tentamos substitui-la mas não adianta.. pois só ela tem essa função de matar a nossa sede.. e assim é Deus só ele é Unico e sufiente..
Muito bom..
curto muito seus artigos
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